A medida adotada pela Prefeitura de Limeira no sábado (15) de decretar a intervenção na Viação Limeirense garantiu a continuidade dos serviços públicos na área de transporte coletivo. A análise foi feita hoje (17) pelo prefeito Mario Botion durante entrevista coletiva à imprensa. Desde a manhã de sábado, os ônibus voltaram a circular novamente – no dia anterior, uma greve havia paralisado os serviços. Para o prefeito, se a intervenção não fosse decretada, hoje a cidade estaria sem o transporte. “Agimos respaldados por motivações claras, como a greve no setor e também pelo fato de a empresa ter nos cerceado os dados do sistema integrado”, disse o prefeito.

Com a intervenção, o município assumiu o controle do serviço tanto na parte de gestão quanto na financeira, isso desde sábado, 15. O interventor nomeado, o advogado Renato Pavanelli, está dando início a um minucioso trabalho de inventário da empresa.

De forma paralela, o prefeito remeteu à Câmara, para ser votado em regime de urgência especial hoje, projeto que autoriza a prefeitura a utilizar dotação orçamentária prevista para o pagamento do subsídio transporte coletivo no processo de intervenção. A intervenção serviu para constatar já no primeiro dia útil que os cofres da empresa estão zerados.

A intervenção terá um prazo inicial de 60 dias, podendo ser prorrogada sucessivamente pelo mesmo período. Com o município assumindo o controle dos serviços de transporte, o contrato emergencial com a JTP foi suspenso.

Durante a coletiva, Botion explicou que o seu governo já está preparando contratação de empresa para estudo completo sobre o transporte coletivo da cidade, conforme previsto no plano de governo.

De posse desses dados, como um plano de mobilidade e pesquisa de origem e destino, a administração municipal formatará edital para contratação de nova empresa para o serviço de transporte público. “Teremos no futuro apenas uma empresa operando no sistema”, anunciou o prefeito.