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Coordenadores de UBSs recebem capacitação sobre febre maculosa
26/09/2022 | 09h12
Coordenadores de UBSs recebem capacitação sobre febre maculosa

A Secretaria de Saúde promoveu na semana passada, no Paço Municipal (Edifício Prada) uma capacitação sobre febre maculosa, voltada a enfermeiros que coordenam as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. A abertura dos trabalhos foi conduzida pela gerente da divisão de Vigilância de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa. “Estamos atualizando as informações sobre a doença, que está presente em diversas áreas do estado”, afirmou. “Nosso objetivo é alertar os profissionais de saúde sobre a necessidade de ficarem atentos a casos suspeitos da doença”, ressaltou. Há dois óbitos confirmados de febre maculosa no município.

A bióloga da Zoonoses, Daniela Coelho Terossi, enfatizou que, entre os meses de abril a outubro, a população fica mais suscetível a entrar em contato com o carrapato estrela, que é o vetor da doença. “Uma fêmea pode botar de 6 mil a 8 mil ovos no ambiente”, salientou. Para avisar a população sobre as áreas de risco, Daniela informou que a prefeitura mantém placas de sinalização em locais como o Horto Florestal e o Parque Ecológico.

Além desses locais, ela observou que o carrapato pode habitar pastos, beira de rios, terrenos com mato e qualquer área verde com vestígios da presença de capivaras. “A capivara é o principal hospedeiro do carrapato-estrela”, disse a bióloga. No entanto, para que a doença seja transmitida ao homem, ela informou que o carrapato precisa estar infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. 

Sobre os sintomas da doença, a gerente da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Amélia Maria P. da Silva, esclareceu que os pacientes costumam apresentar, febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor muscular, diarreia, dor abdominal, seguidas do aparecimento de manchas vermelhas no corpo, principalmente na palma das mãos e na sola dos pés. “Em alguns casos, dedos e orelhas também podem desenvolver gangrena ”, ressaltou.

Amélia relatou que o diagnóstico precoce é difícil, pois a febre maculosa tem sintomas parecidos com outras enfermidades, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia. A confirmação é feita por sorologia, que deve ser colhida em duas amostras, com intervalo de 15 dias. “Como o diagnóstico da doença é demorado, o tratamento deve ser iniciado a partir da suspeita da doença, com administração de antibiótico específico. Por esse motivo, é fundamental que o paciente relate se esteve em área de risco”, alertou.

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