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HANSENÍASE
Palestra marca encerramento da campanha do Janeiro Roxo
29/01/2020 | 10h12
Palestra marca encerramento da campanha do Janeiro Roxo

A Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Saúde, realizou na tarde de ontem (28), a palestra de encerramento do Janeiro Roxo, campanha marcada pelo combate a hanseníase. Durante todo o mês, informações sobre os sintomas e o tratamento da doença foram divulgadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e também nos canais oficiais da Prefeitura de Limeira.

Agentes de saúde, profissionais de enfermagem e médicos da UBS Cidade Jardim participaram de um bate-papo com a coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Amélia Maria P. da Silva. Na ocasião os participantes receberam informações sobre os meios de transmissão da doença, seu diagnóstico e o posterior tratamento. Para Fernanda Dion, coordenadora da unidade, a iniciativa é excelente e pode auxiliar significativamente na identificação de novos casos e no conhecimento das técnicas de diagnóstico da patologia. “Hoje tivemos acesso a informações importantes sobre a hanseníase e o quadro clínico do paciente e isso afeta diretamente a qualidade do atendimento”, disse.

A CAMPANHA

O Ministério da Saúde instituiu o mês de janeiro e a cor roxa para conscientização sobre a hanseníase, em 2017. No Brasil, são registrados por ano, cerca de 30 mil casos nos vários estados brasileiros e dentre as várias classes sociais, incluindo adultos e crianças. Em Limeira, são oferecidos o diagnóstico e o tratamento da doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Uma vez identificada a doença, o paciente é encaminhado para à Vigilância Epidemiológica onde o tratamento tem início.

A hanseníase é uma doença crônica, causada pelo Bacilo de Hansen - descoberto em 1873 pelo médico norueguês Amaneur Hansen. A enfermidade atinge principalmente pele e nervos, e se não tratada, pode levar a sérias incapacidades físicas. Os primeiros sinais são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, que não coçam, não causam dor e não incomodam. Em algumas áreas pode haver diminuição do suor e pelos. O paciente pode ter dificuldades para segurar objetos ou pode queimar-se e não sentir.

A transmissão ocorre pelo convívio direto e prolongado, por meio da respiração de gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa com hanseníase. Por esse motivo, após o diagnóstico é preciso desencadear um processo de “busca-ativa”, ou seja, fazer a investigação epidemiológica de todos aqueles que conviveram com o paciente nos últimos cinco anos.

No diagnóstico, o médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). Assim, as pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima no caso dessas lesões ou machas indeterminadas. Todas as pessoas que convivem, ou conviveram, com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.

A Vigilância Epidemiológica ressalta que a hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pela rede de saúde pública do município. Mais informações também podem ser obtidas na sede da Vigilância, que fica na Avenida Ana Carolina Barros Levy, 650, Centro. Os telefone são 3442-5984 e 3441-1914.

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