Os alunos da rede municipal de ensino tiveram uma rotina diferente nesta terça-feira (19). Foi um dia voltado à ampliação de seus conhecimentos sobre a história e a cultura afro-brasileira e africana e também as relações étnico-raciais por meio de atividades e oficinas temáticas que possibilitaram o aprendizado sobre a cultura brasileira e sua diversidade. A Biblioteca Pedagógica, da Secretaria de Educação, organizou um evento literário especial em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro (quarta-feira). Participaram da iniciativa cerca de 890 alunos das escolas municipais que fazem parte dos projetos de leitura literária da biblioteca.
Secretário de Educação, André De Francesco, acompanhou o evento e cumprimentou todos os envolvidos. Ele interagiu com as crianças e destacou a importância de trazer para os alunos as raízes históricas do povo brasileiro, bem como um pouco da cultura e da arte africana, incentivando o respeito e o tratamento igualitário. “Disseminando estes conhecimentos e trazendo estes exemplos para as crianças contribuímos para o seu desenvolvimento pessoal e pedagógico e podemos construir uma sociedade mais justa”.
Na abertura do evento, pela manhã, aconteceu a apresentação de dança “Identidade” (música de Jorge Amado), com os alunos da Emeief Maria Ap. Machado Julianelli, no palco do Parque Cidade. Já no período da tarde os presentes puderam assistir a apresentação de dança “Maculelê”, com os alunos da Emeief Prof. Noedir Tadeu Santinicontação. A diretora pedagógica Adriana Dibbern Capicotto ressalta que eventos desta natureza proporciona aos estudantes a possibilidade de conhecerem um pouco mais sobre a identidade do povo brasileiro, sua cultura e sua diversidade. “Os trabalhos desenvolvidos pelas unidades resgatam a origem e a formação do povo brasileiro, além de valorizar a cultura afro-brasileira e o respeito à diversidade étnico-racial”.
Os alunos também participaram de oficinas temáticas: Menina Bonita do Laço de Fita (com base no livro de Ana Maria Machado); bonecas Abayomi; brincadeiras africanas; tranças; artesanato; personalidades africanas; pintura do Baobá: árvore africana; colares; e jogos africanos.
Segundo a bibliotecária Taciana Lefcadito Alvares, a programação do evento de Consciência Negra é um convite para uma vivência única. “Por meio das oficinas e das experiências culturais, temos a valorização e o ressignificado de um imenso universo a ser descoberto sobre as culturas afro-brasileira e africana. E neste contexto permitimos aos estudantes experimentar, sentir e perceber o quanto somos afro-descendentes, afro-brasileiros” disse.
Uma exposição também integra a celebração da data pela Biblioteca Pedagógica. De 18 a 30 de novembro, estarão expostos projetos escolares da Emeief Prof. Noedir Tadeu Santini, com o tema “Família: trabalhando contos africanos”; da Emeief Prof. José Justino Castilho, com o tema “Conhecendo o mundo africano”; e do Ceief Governador Mário Covas, com o tema “Filosofia”. Os trabalhos ficarão expostos no hall da Secretaria de Educação, no Parque Cidade.
O Dia da Consciência Negra foi criado em 2003, pela Lei 10.639/03, que incluiu o tema de história e cultura afro-brasileira na rede de ensino e a data no calendário escolar. Posteriormente, em 2011, a data ganhou uma legislação própria, a Lei 12.519/11, instituindo o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, data da morte Zumbi dos Palmares, que lutou pelo fim da escravidão no Brasil.
