A Biblioteca Pedagógica, instrumento da Secretaria de Educação, começa a partir de amanhã (23), a entrega de livros da autora Raquel Alves. A iniciativa agrega o acervo de literatura infantojuvenil das escolas e possibilita o trabalho pedagógico com as crianças sobre os temas trabalhados pela autora, bem como, o desenvolvimento da formação literária na sala de aula.

Raquel Alves é a filha caçula do escritor e educador Rubem Alves, que após 15 anos atuando como arquiteta e paisagista, decidiu mudar o foco profissional, a partir do falecimento do pai, assumindo por sete anos a presidência do Instituto Rubem Alves, para disseminar e eternizar o legado de um dos mais consagrados intelectuais brasileiros. Nesse momento, Raquel se descobre palestrante, coach de vida e escritora infantil, difundindo o autoconhecimento, a autoestima e a autoconfiança como ferramentas fundamentais para a construção de pessoas emocionalmente saudáveis e de bem com a vida.

A autora esteve na cidade no último dia 10, no Teatro Nair Bello, onde participou do encontro formativo abordando magistralmente o tema "Quando as estratégias de leitura matam o prazer de ler”. A palestra com a escritora foi um dos eventos propostos para a primeira edição do Prazer de Ler, programação especial que a Biblioteca Pedagógica iniciou em 24 de outubro com atividades presenciais e virtuais diversificadas em torno da literatura infantojuvenil. O objetivo das ações foi o de destacar a importância do livro, da leitura e da biblioteca na construção do conhecimento por meio da difusão da informação e do acesso as diferentes formas de manifestações artísticas e culturais.

OBRAS

Raquel discorreu sobre o quanto é importante “conviver” como um dos aprendizados mais preciosos e mais difíceis de conquistar para vivermos bem. Contudo, a convivência não é algo que aprendemos pelos métodos tradicionais de educação e fica o dilema: como ensinar então? Os livros da autora trazem uma nova abordagem para a questão da convivência. Veja o que a própria autora fala sobre as três de suas obras infantis que chegarão as escolas municipais:

Zinha, a Joaninha: Não existe um limite claro entre as habilidades do ser e do conviver. Essa história aborda tanto a autoaceitação e a autoestima quanto o respeito e a tolerância com as diferenças. Mostrar para uma criança que o que realmente fará com que gostem dela, assim como a fará conquistar amizades, é o que ela tem por dentro e não o quanto é bonita por fora é um dos aspectos fundamentais da obra.

Quando o galo cantou fora de hora: Esta é uma história sobre a importância da consciência coletiva, do respeito às regras de cidadania e convivência, aborda também a necessidade de reconhecermos que todos sonham, todos vivem e, por conta disso, precisamos saber se as nossas vontades e realizações estão compatíveis com a convivência saudável e harmoniosa.

A dança dos bichos: Precisamos entender que somos iguais apenas enquanto cidadãos de direito, enquanto sujeitos somos por essência diferentes. É justamente isso o que nos torna iguais: o fato de cada um ser um. Esta história pode tanto trabalhar temas como racismo, pessoas com deficiência, homofobia e a tolerância e a convivência pacífica com as diferenças, quanto temas como equidade, igualdade, respeito, compaixão, altruísmo e amizade.