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SAÚDE PÚBLICA
Alunos participam de roda de conversa sobre os riscos do tabaco
23/08/2022 | 16h29
Alunos participam de roda de conversa sobre os riscos do tabaco

A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Cecap, em parceria com estagiários do curso Técnico de Enfermagem do Cotil, promoveu na manhã desta terça-feira (23) uma roda de conversa sobre os riscos do tabaco para alunos da Escola Estadual Professor Ataliba Pires do Amaral. O encontro ocorreu na quadra da escola, onde os alunos receberam informações quanto aos prejuízos à saúde do cigarro convencional, do narguilé e do cigarro eletrônico. A UBS do Cecap integra a rede de saúde da Prefeitura de Limeira.

Inserida nas atividades alusivas ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, que ocorre no dia 29, a iniciativa foi articulada por duas servidoras da UBS, a assistente social Andreza Daniela Costa e a enfermeira Angélica Caroline Eugênio, com apoio da professora de enfermagem do Cotil, Marilene Santos. “Trazer os estudantes do Cotil para conscientizar outros jovens é uma estratégia positiva”, disse Marilene. No dia 30, haverá uma segunda atividade na escola, com alunos de outras séries.

Segundo Andreza, o uso de narguilé e de cigarros eletrônicos vem crescendo entre os jovens. O narguilé, instrumento de fumo coletivo, foi introduzido no ocidente há mais de um século, porém a assistente social destacou que nos últimos anos ele se popularizou. “Tornou-se uma forma de socialização entre os jovens, que se reúnem nos bares para fumar narguilé, tomar tchay e bater papo”, observou a assistente social.

“Existe uma crença de que o narguilé é inofensivo, porém o usuário está exposto a doenças como herpes, tuberculose e hepatite”, completou Angélica. Paralelamente ao riscos dessas enfermidades, ela alertou que apenas uma hora de uso do narguilé equivale ao consumo de 100 cigarros. “Como a fumaça do equipamento passa pela água, acredita-se que ele seja menos prejudicial que o cigarro convencional, o que não é verdade”, disse. Ela salientou, ainda, que o narguilé pode ser uma ponte para o uso do cigarro convencional.

Outro tema abordado foi o cigarro eletrônico, uma inovação da indústria do tabaco, em que a nicotina líquida e outras substâncias tóxicas são misturadas a aromatizantes e aquecidas dentro do dispositivo. “Há vários formatos e cores de cigarros eletrônicos atrativos aos adolescentes”, observou Andreza. Ela enfatizou que o cigarro eletrônico também ocasiona danos à saúde, considerando-se que apenas um refil corresponde a um maço de cigarros. Assim como o narguilé, ela comentou que o cigarro eletrônico também pode estimular o uso do cigarro tradicional.

DOENÇA

O tabagismo é uma doença causada pela dependência de nicotina que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na boca; câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e pulmão. O tabagismo, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é responsável por 85% dos casos de câncer de pulmão.                           

Dado o aumento do consumo de tabaco, a Secretaria de Saúde aderiu recentemente a um programa de combate ao tabagismo do Governo Estadual. A medida está em fase inicial de implantação em três UBSs. Enquanto esse projeto é estruturado, a pasta ressalta que os casos de dependência são encaminhados conforme a prescrição médica.

A comercialização, importação e a propaganda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009.

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