É chegada a vez do representante da cidade brilhar na agitada programação do XVI Festival Nacional de Teatro de Limeira, organizada pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Cultura. O grupo Levitar apresenta o espetáculo “Lágrimas de um Guarda-Chuva”, às 20h, nesta sexta (19), no Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva. A companhia foi escolhida por um júri técnico para representar o nome do município no evento, quando aconteceu a Mostra Municipal de Teatro. Além disso, na mesma data, só que às 15h, na Praça Toledo Barros, o Grupo Circo e Teatro Rosa dos Ventos, de Presidente Prudente (SP), dá vida para “As Artes do Rosa dos Ventos”. O Festival Nacional, com programação totalmente gratuita, conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo e Associação Paulista dos Amigos da Arte, por meio do Retomada SP e Juntos Pela Cultura.
O secretário de Cultura José Farid Zaine, que até aqui acompanhou todos os espetáculos da programação, representando também o prefeito Mario Botion, destacou a qualidade da iniciativa. “Retomar esse projeto tão querido pela população limeirense, com uma programação da mais alta qualidade, é um grande orgulho. Estamos felizes e em êxtase com o sucesso do nosso festival, que deve seguir, certamente, nesta reta final”, opinou. A programação segue até domingo (21) e pode ser conferida no site: www.limeira.sp.gov.br/festivaldeteatro.
TEATRO DE RUA
Em “As Artes do Rosa dos Ventos”, que celebra 23 anos de arte de rua da companhia prudentina, há a marca cômica e despojada desenvolvida pelo grupo, refletidas por três palhaços, que saem pelo mundo arrancando risos e causando confusões a bordo de sua carroça moderna – uma van iconográfica. Um trabalho que é um misto de criações cênicas de circo e teatro de rua e que conta um pouco da trajetória do grupo. As apresentações acontecem com uma van-palco, sonorizada que carrega uma banda, formada pelos mesmos palhaços que atuam. As cenas se alternam entre o teto da van e o picadeiro montado no chão. Fazem parte do elenco: Tiago Munhoz, Fernando Ávila e Luis Valente. A direção é de Rosa dos Ventos. São 50 minutos de espetáculo e a classificação é livre.
DENSO
Se à tarde, o clima deve ser bem leve e divertido na Praça Toledo Barros, à noite, o cenário é outro, bem diferente. “Lágrimas de um Guarda-Chuva” toca em um tema delicado, mas sempre importante para conscientização, denúncia e combate, retratando a violência sexual infantil. Duas personagens, a razão e a emoção, num diálogo sobre as lembranças de atos consumados pelo lado selvagem e animal do ser humano. A constante luta e dúvida sobre como lidar com as cicatrizes da pele e da alma, buscando uma maneira de se livrar das imundícies e da podridão do homem. Tudo faz parte do diálogo da lucidez com a insanidade, dentro de um cenário que expressa a contradição de um chão úmido, mas que brotam árvores secas. Tudo simboliza o contraste entre a vida e morte - caos que nunca se dissipa. A mensagem é o grito de uma alma ferida. O sussurro frágil de uma criança que roga para não manchar a inocência de nenhuma tela em branco, que se mostra pura e intacta para ser aquilo que desenharmos. No elenco, estão Leandro Munhoz e Priscila Ferreira, e a direção é de Guto Oliveira. O espetáculo conta com classificação de 14 anos, com duração de 50 minutos.
