Notícias
SAÚDE
Em 1 ano, 64 mulheres em situação de vulnerabilidade recebem implante contraceptivo
30/05/2022 | 10h11
Em 1 ano, 64 mulheres em situação de vulnerabilidade recebem implante contraceptivo

O Ambulatório de Contraceptivo Implantável, que funciona na UBS do Jd. Graminha, em Limeira, completa agora em maio o seu primeiro ano de existência. Voltado a mulheres em situação de vulnerabilidade social, o serviço disponibiliza um novo tipo de anticoncepcional, com duração de três anos. Até o momento, 64 pacientes já receberam o dispositivo, que é colocado sob a pele. Segundo o prefeito Mario Botion, a iniciativa insere-se no contexto da promoção integral à saúde da mulher.

A seleção das mulheres para o programa é feita pelos diversos serviços de saúde e de assistência social do município, como Caps Álcool e Drogas,  Serviço Especializado em Moléstias Infecto-Contagiosas (Semil), Consultório de Rua, Ceprosom, Santa Casa, entre outros.

O objetivo é atender prioritariamente mulheres expostas a fatores como, situação de rua, uso de álcool e drogas, distúrbio psiquiátrico, HIV/AIDS e Hepatite B e C. O contraceptivo também é destinado a profissionais do sexo, mulheres em tratamento contra a tuberculose e puérperas de alto risco.

A colocação do produto é rápida, dura de 10 minutos a 15 minutos e é feita com anestésico local. Após o procedimento, a mulher recebe acompanhamento médico periódico para avaliar a adaptação ao medicamento.

A primeira paciente em Limeira foi S.V.S, de 33 anos. Atendida pela Casa de Convivência do Ceprosom, ela alterna a permanência no abrigo com períodos em situação de rua, por esse motivo, atendeu aos critérios para receber o contraceptivo. “Estou protegida para não engravidar mais”, disse ela, que já tem dois filhos.

Gisele Cristina Matias da Silva, de 40 anos, foi selecionada pela própria UBS do Jd. Graminha. Trabalhando por conta própria como ourives, mãe de cinco filhos, ela contou que o filho mais novo, de apenas três meses, nasceu de parto normal - o que impossibilitou a realização de uma laqueadura. “Para nós mulheres esse método é muito bom”, afirmou. “Estou protegida por três anos e não precisarei fazer cirurgia”, completou.

Responsável pelos implantes, a ginecologista obstétrica da Secretaria de Saúde, Kisy Zambelo, avaliou os resultados do programa nesses primeiros 12 meses. “Estamos com boa adesão das mulheres vulneráveis, em situação de rua ou que apresentam sintomas psiquiátricos”, destacou.

Notícias recomendadas para você