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Ação de limpeza compulsória acaba em trabalho social
29/04/2021 | 12h03
Ação de limpeza compulsória acaba em trabalho social

A Prefeitura de Limeira realizou terça-feira (27) uma ação de limpeza compulsória em uma residência no Jd. Boa Esperança, que abrigava grandes quantidades de lixo, entulho e inservíveis. Porém, o que seria mais uma atividade de prevenção ao Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya), transformou-se em exemplo do papel da Administração Municipal no auxílio a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Conforme a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Rodrigues Costa, a casa era habitada por um homem de 52 anos, que estava doente e vivia em condições precárias. Sem cama, ele dormia em um colchão velho, que ficava no chão do quarto. Apesar de contar com água e energia elétrica, ele possuía poucos móveis, e do fogão, só restava uma boca em funcionamento. “A casa era escura e apresentava muitas rachaduras”, relata Pedrina.

A quantidade de inservíveis retirados do local pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos, que encheram a carroceria de um caminhão, também eram fatores de risco. “Havia criadouros e condições favoráveis à proliferação de animais peçonhentos”, comenta Pedrina.

O pedido de limpeza no endereço foi encaminhado, ainda em março, pelo padre Vinicius Alves Martins, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Na primeira visita ao imóvel, em que constatou a realidade enfrentada pelo morador, a chefe da Divisão conta que foi preciso mobilizar diversas instâncias da prefeitura para amparar o morador e garantir que ele tivesse acesso às condições básicas de sobrevivência e saúde.

Pela dimensão das rachaduras na casa, uma das primeiras ações foi solicitar a vistoria pela Defesa Civil, que acabou interditando o imóvel. “Além das rachaduras, a fiação elétrica da casa ficava exposta, e considerando-se que o forro do imóvel era de madeira, havia o risco de incêndio”, afirma Pedrina. Na sequência, a Divisão fez contato com a Unidade Básica de Saúde Boa Esperança, que passou a acompanhar o estado de saúde do morador.

Outra medida foi acionar o Fundo Social, que providenciou a transferência provisória dele para a casa de um irmão, no Recanto dos Pássaros. Para que pudesse ficar nesse novo endereço, o Fundo Social também doou uma cama com colchão, roupas de cama e cobertores.

O homem possui outro imóvel, nos fundos do mesmo terreno da casa interditada. Hoje esse imóvel está alugado, mas será a futura residência dele. Quando esse processo for concluído, ele também receberá do Fundo Social a doação de móveis e demais utensílios necessários ao dia a dia. Em decorrência dos problemas de saúde enfrentados, o Ceprosom também irá orientá-lo quanto a um possível pedido de aposentadoria.

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