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HISTÓRIA
Ruínas da Máchina São Paulo ganharão reforço de estrutura metálica
02/03/2021 | 17h00
Ruínas da Máchina São Paulo ganharão reforço de estrutura metálica

As ruínas da antiga Máchina São Paulo, na confluência da Av. Campinas com a Rua Dr. Trajano, passarão por uma intervenção a fim de preservar este importante marco histórico da cidade, que está em fase final de tombamento. Nos próximos dias, a Prefeitura de Limeira iniciará obras de reforço estrutural no local. O paredão de tijolos da antiga fábrica ganhará uma estrutura metálica que permitirá a retirada do escoramento de madeira, que atualmente dá sustentação à construção. O reforço será colocado na parte posterior do paredão.

Os trabalhos serão executados por uma empresa licitada, pelo valor de R$ 156,2 mil, com recursos do Finisa. O contrato com a empresa foi assinado no dia 19, conforme publicação no Jornal Oficial da prefeitura. A obra deve começar nos próximos dias e está prevista para ser concluída em dois meses. 

Segundo o secretário de Urbanismo, Matias Razzo, além do reforço estrutural, haverá uma pequena obra de adequação no sistema viário, com o alargamento da Av. Campinas, visando melhorar o fluxo de veículos. A calçada do local também será ampliada, para facilitar a circulação de pedestres.

HISTÓRIA 

A arquiteta do Setor de Patrimônio Histórico da pasta, Alessandra Argenton Sciota, informa que a construção da Máchina São Paulo data de 1914. Os responsáveis pelo empreendimento foram Trajano de Barros Camargo e Antonio Augusto de Barros Penteado, que passaram a produzir máquinas para descascar café. “Foi a primeira indústria da cidade e impulsionou a abertura de outras empresas”, comenta. “Por esse motivo, é conhecida como o berço da industrialização limeirense”, completa.

Em 1930, com a morte de Trajano de Barros Camargo, a empresa começa a ser administrada pela sua esposa, Maria Thereza Silveira de Barros Camargo. Em 1958, a Máchina São Paulo é comprada pela Mercedes-Benz, que seguiu com a produção ativa até 1962. Após esse período, o prédio ficou décadas abandonado, até que em 2005 foi desapropriado pela prefeitura.

Em 2007, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Município de Limeira (Condephali) declarou o espaço como de “interesse histórico”. Porém, uma forte tempestade, em 2010, provocou o desabamento de boa parte da estrutura. Em 2019, foi iniciado o processo de tombamento das ruínas, que conforme Alessandra, já está na fase final, com a emissão da resolução pelo Condephali. 

O terreno da antiga companhia compreende desde a ruína, passando pelo Ceprosom e seguindo até o fim do prédio da autarquia, na Rua dos Filtros.

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