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LIMEIRA
No mês do aniversário da cidade, exposições resgatam 193 anos de história
06/09/2019 | 15h40
No mês do aniversário da cidade, exposições resgatam 193 anos de história

Os 193 anos de Limeira contam a história da cidade, seus espaços e das pessoas que nela vivem e contribuem para seu crescimento. Sendo assim, o Museu “Major José Levy Sobrinho”, equipamento da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Cultura, o Memorial do Legislativo da Câmara Municipal de Limeira e a Academia Limeirense de Letras (ALLe) uniram-se para registrar a história da cidade com três exposições: “Nossa Gente Limeirense”, “Construindo o Patrimônio Limeirense: Arte, Literatura e Fotografia” e “Instrumentos Cirúrgicos do século XX - Santa Casa de Misericórdia de Limeira”, abertas para visitação no Espaço Expositivo d o Museu.

As exposições foram inauguradas na manhã desta sexta-feira (6) e os visitantes puderam conferir personagens lendárias da cidade, tanto na exposição “Nossa Gente Limeirense”, como pessoalmente. Foram 11 homenageados que há gerações estão na memória dos limeirenses: Elza Pedrollo Silvestre - “Professora Elza”, Victor D'Andréa Sobrinho, Waldomiro Jorge Ivers - “Seu Waldomiro”, José Luis dos Santos - “Zé do Bar 45”, Newton Emelino Masutti, Paulo Cesar Cavazin, Nelson Petto, José Carlos da Silva - “Fumaça", Newton José Panaggio - “Palmeira”, Franciso Alves de Lima - “Chico da Banca” e José Jerônimo - “Zé do Pote”.

“Nossa Gente Limeirense” foi criada com o intuito de homenagear cidadãos que constituíram família, criaram seus filhos ou tornaram-se profissionais de grande destaque em sua área de atuação. São homens e mulheres de grande expressão e referência de sucesso para as futuras gerações, atuantes em nossa comunidade e que continuam fazendo história. “A ideia da exposição é mostrar essa gente que escolheu Limeira e que, hoje, faz parte da história da cidade. São pessoas muito conhecidas e comunicativas, ainda muito ativas na nossa sociedade, e cada uma delas têm um ponto a acrescentar na história de Limeira. Com essa iniciativa, o Museu busca ainda destacar e divulgar as realizações desses cidadãos para que os mesmos possam dar seus testemunhos do que é ser um limeirense e o quanto amam sua cidade. A ideia é continuar com esse projeto de resgate de memórias vivas entre nós", disse a Diretora do Museu Major José Levy Sobrinho, Adriana Pessatte Azzolino.

“O Museu e a Câmara de Limeira têm buscado realizar uma gestão integrada da memória limeirense para que mais ações de preservação sejam realizadas e nenhuma parte da história de nossa cidade se perca. As pessoas homenageadas nesta exposição construíram suas vidas e a de suas famílias em solo limeirense e, por suas atividades profissionais e pessoais, contribuíram para o crescimento e proeminência da cidade, levando-a consigo por onde passaram, projetando seu nome até mesmo para o exterior. É extremamente justo e importante que sejam reconhecidas por sua contribuição a Limeira e sua história de vida seja levada à população”, disse Giane Boscolo, chefe do Departamento de Registro, Arquivo e Documentos Memorial do Legislativo Limeirense.

“Chico da Banca” trabalha há 57 anos na área, tendo como destaque seu trabalho na Banca IV Centenário, localizada na Praça Toledo Barros. Presente na abertura, Francisco comentou sobre como é ser representado. “É uma satisfação imensa, nunca pensei na minha vida em ser homenageado. Se eu trabalho na banca há mais de 50 anos, eu nunca fiz mais que minha obrigação em tratar bem todos. Eu fiquei surpreso, eu acho que não mereço tanto assim, fiquei muito contente”, comentou Franciso Alves de Lima.

Conhecida como Professora Elza, Elza Pedrollo Silvestre iniciou sua carreira como professora aos 18 anos, sendo que desde os 16 já oferecia aulas particulares. Paulistana, ela veio para Limeira em 1965 para trabalhar como professora na escola Castello Branco. Hoje, é voluntária em instituições da cidade. “Eu acho que é muito importante para a cidade dar valor e importância para as pessoas que se dedicaram aqui”, disse sobre a exposição. “O que eu posso fazer para essa cidade eu faço, porque eu amo aqui”, complementou.

Outra figura é Nelson Petto que auxilia na contação da história da cidade, dedicando-se a registrar momentos marcantes do desenvolvimento de Limeira como fotojornalista. Na ocasião, ele comentou sobre a homenagem e sobre seu registro, agora em foto, em uma exposição. “Tive uma educação que, desde a infância, diz que quem tem passado tem história. Eu agradeço por ser lembrado. Foi emocionante me ver como homenageado e também as outras pessoas que são gente como a gente”, disse.

Outra exposição presente no Espaço Expositivo é “Instrumentos Cirúrgicos do século XX – Santa Casa de Misericórdia de Limeira” que reúne instrumentos utilizados durante a história da entidade em Limeira. A mostra reúne materiais que compõem a reserva técnica do Museu, porém nunca foram expostos por falta de informação na catalogação.

Assim, a exposição uniu os materiais com nomes e descrições para que os visitantes possam saber do que trata o material, mas sem informações muito específicas para que os interessados possam interagir com os monitores disponíveis no espaço. “Estava tudo guardado. Na época de 70 e 80 não haviam computadores para registro, então estava tudo no acervo, mas sem nome, apenas com a definição de instrumentos cirúrgicos”, explicou a museóloga Letícia França.

Sobre o processo para montagem da exposição foram levantadas informações sobre a entidade da Santa Casa de Limeira, levando à utilização de instrumentos cirúrgicos e à exposição desses materiais. “Fizemos a busca, pesquisa e catalogação de todo acervo para que pudéssemos ter embasamento para colocar algumas das peças que falam sobre instrumentação cirúrgica, em um material que pertenceu à Santa Casa, em exposição”, disse a museóloga.

A última exposição presente é “Construindo o Patrimônio Limeirense: Arte, Literatura e Fotografia” que reúne registros de locais de memórias da cidade de Limeira que de alguma forma marcaram a história daqueles que aqui vivem ou viveram. Repletos de significados, são contados em versos ou prosas por escritores da Academia Limeirense de Limeira - ALLe, entidade que tem como finalidade preservar a cultura da nossa cidade por meio de suas produções literárias.

As exposições têm entrada gratuita e podem ser visitadas até 18 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h, no Espaço Expositivo, localizado na rua Treze de Maio, 102, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3441-4805 ou 3442-1707.

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