O secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Limeira, Paulo Trigo, integrou nesta semana a banca avaliadora do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos de engenharia ambiental da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, André Gomide e Tiago Teló. Os estudantes desenvolveram o “Projeto Piloto de Compostagem de Resíduos Orgânicos do Parque Cidade de Limeira” e foram aprovados com louvor. A professora orientadora do trabalho, Carmenlucia Penteado, e o professor coorientador, Rafael Freiria, também compuseram a banca.
Trigo ressalta que as parcerias com a Unicamp têm trazido resultados muito positivos para Limeira. O projeto de compostagem, que é a transformação de resíduos orgânicos (verduras e legumes, ovos, alimentos cozidos e borra de café, entre outros) em adubo, terá continuidade. “Os estudantes deixaram o legado de capacitação técnica da nossa equipe para a manutenção do processo”, diz.
O aluno Tiago Teló conta que a escolha do parque se deu por dois motivos. Em primeiro lugar, por haver uma quantidade significativa de resíduos sendo gerada pelos equipamentos públicos que funcionam no espaço: a Emeief Limeira, os prédios das secretarias de Educação e de Meio Ambiente e Agricultura, a Biblioteca Municipal, o Centro de Ciências e Cultura e o Ginásio Municipal. Além disso, o esterco recolhido da Hípica Municipal e os resíduos de poda do próprio parque seriam importantes para que o processo de compostagem ocorresse de maneira adequada. “Com esse trabalho pudemos verificar que o projeto é viável, exigindo baixo investimento. O mais importante é o engajamento e comprometimento das pessoas”, afirma Tiago.
COMPOSTEIRA
Os resíduos orgânicos dos equipamentos públicos do Parque Cidade de Limeira que eram encaminhados para o Aterro Sanitário passaram a ser transformados em um composto fértil para adubagem em abril do ano passado, quando entrou em operação o Projeto Piloto de Compostagem. O equipamento, que tem 24 metros cúbicos, foi construído no estacionamento próximo ao portão A (Avenida Antônio Cruañes Filho). São cinco baias feitas de tijolo ecológico, que abrigam cada etapa da decomposição.
No modelo adotado, é feita uma camada de materiais provenientes de poda e capinação, que recebe os resíduos orgânicos. Em seguida, é aplicada uma nova camada do mesmo material da base, que cumpre o papel de evitar mau cheiro e o aparecimento de vetores, como moscas por exemplo. Somente os profissionais capacitados devem manusear a composteira. Todo o processo de compostagem leva cerca de cinco meses e o adubo produzido é doado para a população. Tiago reforça que a recomendação é que o munícipe deixe o material maturar por um período de cerca de 30 dias e não coloque em contato direto com a planta.
