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Crianças soltam imaginação em oficinas durante Mostra Bienal Literária de Limeira
07/12/2018 | 18h11
Crianças soltam imaginação em oficinas durante Mostra Bienal Literária de Limeira

A programação da 1ª Mostra Bienal Literária de Limeira segue intensa no Parque Cidade. Após a abertura, pela manhã, cerca de 400 crianças participaram de oficinas temáticas nesta sexta-feira (7), na Biblioteca Pedagógica. Paralelamente, o Teatro Nair Bello recebeu palestras formativas. A programação segue neste sábado (8), a partir das 10h, também com diversas oficinas para a criançada e palestras para profissionais da educação.

Giovanna Bonelli Silva, 9, e Kauê Phelipe Oleskovecz, 8, ambos da Emeief Dr. Waldemar Lucato, soltaram a imaginação na Oficina de Ilustração, oferecida por Malu Rigon. Eles foram estimulados a criarem personagens que nunca ninguém viu. Pela menos foi o que Giovanna explicou. “Foi muito legal porque pudemos nos inspirar em várias coisas para criar o personagem”, contou. “Eu fiz o marujo-pônei, um pirata misturado com pônei. Ele tem magia, que o ajuda a combater os piratas do mau. Ele é o pirata do bem.”

Já Kauê criou algo totalmente diferente. “Eu criei um urso-morcego metade homem. Ele é mau”, constatou, humorado. “Foi muito legal participar dessa oficina.” Ele contou que gosta de ler livros como “Os Três Porquinhos”, “Chapéuzinho Vermelho” e “João Pé de Feijão”. “Eu leio na escola e em casa. Amanhã, pretendo vir também”, comentou. Neste sábado terá oficinas de marcador de página, fantoche e tapete gigante de histórias, entre outras. Haverá, também, às 12h30, um piquenique literário organizado pela Sociedade Literária Limeirense (SOLL). É só trazer um lanche e uma toalha.

FORMAÇÃO

Do outro lado do Parque Cidade, no Teatro Nair Bello, profissionais da área de educação acompanharam diversas palestras formativas. Uma delas foi a palestra “A arte de contar histórias”, ministrada pela formadora Silvia Regina Gonçalves. Para sua palestra, ela baseia-se no escritor brasileiro e contador de histórias, Celso Sisto. Silvia explica que também dá dicas de como contar uma história. Depois disso, ela começa a contar histórias para os profissionais para que percebam as diversas maneiras de narrar uma história. Ela trabalha há mais de 15 anos com esse tema.

“Todos somos contadores, sem exceção. O que precisamos é aperfeiçoar essa contação”, observou. Segundo ela, todos os alunos precisam desse incentivo à leitura e, se o professor tem uma postura de sujeito leitor, é nele que o aluno irá se pautar para ser um bom leitor. “Quem vai despertar no aluno a vontade ler é o professor.” Ela trabalha na Secretaria de Educação de Ilha Solteira (SP), principalmente na formação de professores de Emei e Emeief.

Ela conta que seu objetivo com a palestra é conseguir despertar, na maioria dos profissionais, a vontade e o olhar diferente para essa leitura pelo professor, que, segundo ela, é necessária todos os dias. Ainda de acordo com a formadora, não são necessários artifícios muito elaborados para se contar uma história. Segundo Silvia, basta um rolo de papel para se criar uma centopeia, por exemplo, e que o professor use sua criatividade para criar métodos para contar uma história. Para ela, iniciativas como essa mostra deve ser cada vez mais incentivada.

A professora-coordenadora da Emeief Prof. José Roberto Braz, Noreh Aldrigui, acompanhou todas as palestras desta sexta-feira. “Achei todas muito interessantes e produtivas para os professores. Todos os temas contribuíram muito”, comentou. Ela disse que é preciso mais ações como essas para melhorar o trabalho dos professores na sala de aula. Para Noreh, a leitura é essencial. “Ela é importante para tudo, não apenas para a área da língua portuguesa e os professores têm que gostar da leitura para passar isso às crianças.”

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