O prefeito Mario Botion participou nesta sexta-feira (7), da abertura do seminário “Educação Inclusiva”. Promovido pela Secretaria de Educação, o evento lotou o teatro Nair Bello. Na plateia estavam docentes e demais profissionais interessados em aprimorar o conhecimento no âmbito da educação inclusiva e discutir os desafios desse setor.
Botion falou da satisfação de ver o teatro repleto de profissionais com o mesmo objetivo, buscar melhorias na educação inclusiva e garantir a igualdade para todos. “A rede municipal acolhe aproximadamente 500 alunos na inclusão e mantém 65 salas de recursos”, informou. Com vasta atuação no segmento, sobretudo na direção da Ainda (Associação Integrada de Deficientes e Amigos), o prefeito comentou o tema. “Ao longo dos 20 anos trabalhando nessa área, vi grandes progressos, no entanto, o desafio é sempre grande”, frisou.
O secretário de Educação, André Luiz de Francesco, afirmou que o seminário é o primeiro grande evento da pasta, o que reflete a disposição da atual gestão de priorizar a educação inclusiva. “A educação inclusiva sempre foi uma área de muita batalha, sendo que as conquistas foram obtidas com muito empenho por parte dos profissionais. Todas as crianças têm o seu potencial e vamos superar os obstáculos para garantir um trabalho de qualidade nesse setor”, disse.
Após a abertura, a pedagoga e doutora em educação pela Unicamp, Maria Teresa Égler Mantoan, e a fonoaudióloga, mestre e doutoranda em Educação pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Unicamp, Eliane de Souza Ramos, proferiram uma palestra sobre o tema “Educação Inclusiva na contemporaneidade: desafios e possibilidades”.

EDUCACÃO
Maria Teresa fez uma retrospectiva história da inclusão, enfatizando o movimento surgido no Canadá, em 1976, que lutava contra a segregação. Mais recentemente, ela citou a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, instituída pelo Ministério da Educação em 2008. “Muitas mudanças estão ocorrendo na Educação Inclusiva, embora com muito vagar. Ainda persiste a ideia de que os alunos têm que corresponder a um modelo ideal, no entanto, esse modelo não cabe na Educação Inclusiva, que tem como base a diferença”, ressaltou.
Eliane, por sua vez, observou as características dos modelos “Social” e “Médico” de encarar a deficiência. “O modelo médico faz a identificação da deficiência como patologia, enquanto o social leva em consideração as diferenças”, esclareceu.
No período da tarde, o público assistiu a palestra “Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa”, com a professora e mestre Maria Aparecida Ramires Zulian, que é pesquisadora do Centro de Tecnologia da Informação "Renato Archer", de Campinas.
O evento contou, ainda, com a presença da chefe de Serviço Social da Secretaria de Educação, Maria Helvira Martins, da agente de desenvolvimento educacional, Adriana Dibbern Capicotto, e da responsável pela Educação Especial, Mariluz Altino Barreto.