Mulheres com deficiência participaram nesta quinta-feira (20) de uma ação de saúde inclusiva, promovida pela Prefeitura de Limeira, por meio Secretaria de Saúde. Na Policlínica, elas realizaram o exame de mamografia sem necessidade de agendamento prévio. Além disso, uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) ficou à disposição durante todo o dia para receber e auxiliar mulheres surdas durante o exame.
Denominada “Semana Municipal Outubro Rosa para Mulheres com Deficiência”, a ação está prevista na Lei 6.186, sancionada pelo prefeito Mario Botion em 2019, a partir de propositura da então vereadora e atual vice-prefeita, Erika Tank. Acompanharam a iniciativa, a vice-prefeita e a primeira-dama e presidente do Fundo Social, Roberta Botion. Logo no início da manhã, seis mulheres, surdas ou com deficiência visual, receberam atendimento inclusivo.
Erika Tank falou sobre a importância de as mulheres com deficiência terem, com exclusividade, um dia inteiro para o exame. “A facilidade de comunicação entre a equipe técnica e a paciente é o grande diferencial dessa proposta”, comentou. Ela enfatizou, contudo, que a mamografia pode ser solicitada pelas mulheres com deficiência o ano inteiro. “Temos buscado sempre ampliar a acessibilidade em todas as áreas da saúde, pois essa é uma obrigação do poder público”, completou.
Roberta Botion, por sua vez, ressaltou que a mamografia inclusiva mostra a preocupação do governo Mario Botion com a saúde da população. “Estamos preparados para receber todas as mulheres, dentro da faixa etária prevista na campanha, incluindo aquelas com deficiência auditiva, visual ou com mobilidade reduzida”, relatou. A presidente do Fundo Social observou, ainda, que o equipamento de mamografia, que é digital, pode ser adaptado conforme à necessidade de cada mulher, “incluindo as cadeirantes”.
O mamógrafo foi adquirido no ano passado, por meio da destinação de emendas do deputado federal Miguel Lombardi e de recursos do próprio município. A solicitação para compra do equipamento partiu de Erika Tank, justamente para atender à demanda das mulheres com deficiência. Abrigando tecnologia de ponta, ele oferece imagens de alta qualidade e necessidade de baixas doses de radiação.
LIBRAS
Uma das mulheres atendidas hoje foi Marinete da Silva Croscatto, de 50 anos, que é surda. Ela relatou as dificuldades que costuma enfrentar quando necessita dos serviços de saúde, contando que, geralmente, é acompanhada pelo filho ouvinte. Auxiliada pela intérprete de Libras, Maria Rita Cabral, Marinete não encontrou problemas para se comunicar com a equipe de saúde, tanto no atendimento inicial, quanto durante a realização do exame. “Estou muito feliz”, disse, acrescentando que, dessa vez, não precisou da companhia do filho.
Quem também procurou pelo exame foi Nilza Aparecida Pereira, de 59 anos, que apresenta baixa visão em decorrência de glaucoma e locomove-se com bengala. “Essa é uma ótima iniciativa, porque nem todas as pessoas conseguem marcar exames ou consultas com facilidade”, esclareceu.
OUTUBRO ROSA
A mamografia inclusiva integra o Outubro Rosa, campanha de prevenção e conscientização do câncer de mama, promovida pela Prefeitura de Limeira, Fundo Social, Associação Limeirense de Cuidado e Carinho (Alicc), Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e Santa Casa de Limeira, com apoio da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil). Até o fim do mês, mulheres de 50 a 69 anos podem solicitar o agendamento do exame, sem necessidade de agendar consulta médica. Mulheres acima de 40 anos também podem fazer a mamografia, se houver histórico familiar de câncer de mama. Em ambos os casos, basta procurar a Unidade Básica de Saúde mais perto de casa.
“Independentemente dessa campanha, a mamografia está disponível na rede de saúde o ano todo”, destacou a enfermeira e coordenadora Policlínica, Helenise Adriana Bortolin. Ela também comentou sobre a necessidade de as mulheres cuidarem da própria saúde. “É importante que as mulheres façam a mamografia conforme recomendação médica, pois esse exame pode detectar o câncer de mama em estágio inicial, aumentando as chances de cura”, frisou.
